terça-feira, 30 de novembro de 2010

O Flagelo do Vestibular


Voltei. Depois de muito tempo sem tempo. Que correria essa vida, ainda mais faltando apenas um mês para o famigerado vestibular.
Estávamos ontem, na nossa ótima aula de redação, quando o professor nos mostrou um texto do mestre Luis Fernando Veríssimo. Não pensei duas vezes. Achei-o e cá está. Leiam, é muito engraçado. Vou tentar postar mais, mas acho difícil, estou procurando tempo até para respirar.



O Flagelo do Vestibular


Não tenho curso superior. O que eu sei foi a vida que me ensinou, e como eu não prestava muita atenção e faltava muito, aprendi pouco. Sei o essencial, que é amarrar os sapatos, algumas tabuadas e como distinguir um bom Beaujolais pelo rótulo. E tenho um certo jeito — como comprova este exemplo — para usar frases entre travessões, o que me garante o sustento. No caso de alguma dúvida maior, recorro ao bom senso. Que sempre me responde da mesma maneira? "Olha na enciclopédia, pô!"
Este naco de autobiografia é apenas para dizer que nunca tive que passar pelo martírio de um vestibular. É uma experiência que jamais vou ter, como a dor do parto. Mas isto não impede que todos os anos, por esta época, eu sofra com o padecimento de amigos que se submetem à terrível prova, ou até de estranhos que vejo pelos jornais chegando um minuto atrasados, tendo insolações e tonturas, roendo metade do lápis durante o exame e no fim olhando para o infinito com aquele ar de sobreviventes da Marcha da Morte de Batan. Enfim, os flagelados do unificado. Só lhes posso oferecer a minha simpatia. Como ofereci a uma conhecida nossa que este ano esteve no inferno.
— Calma, calma. Você pode parar de roer as unhas. O pior já passou.
— Não consigo. Vou levar duas semanas para me acalmar.
— Bom, então roa as suas próprias unhas. Essas são as minhas...
— Ah, desculpe. Foi terrível. A incerteza, as noites sem sono. Eu estava de um jeito que calmante me excitava. E quanto conseguia dormir, sonhava com escolhas múltiplas, a) fracasso, b) vexame, c) desilusão. E acordava gritando, NENHUMA DESTAS! NENHUMA DESTAS! Foi horrível.
— Só não compreendo porque você inventou de fazer vestibular a esta altura da vida...
— Mas quem é que fez vestibular? Foi meu filho! E o cretino está na praia enquanto eu fico aqui, à beira do colapso.
Mãe de vestibulando. Os casos mais dolorosos. O inconsciente do filho às vezes nem tá, diz pra coroa que cravou coluna do meio em tudo e está matematicamente garantido. E ela ali, desdobrando fila por fila do gabarito. Não haveria um jeito mais humano de fazer a seleção para as universidades? Por exemplo, largar todos os candidatos no ponto mais remoto da floresta amazônica e os que voltassem à civilização estariam automaticamente classificados? Afinal, o Brasil precisa de desbravadores. E as mães dos reprovados, quando indagadas sobre a sorte do filho, poderiam enxugar uma lágrima e dizer com altivez:
— Ele foi um dos que não voltaram...
Em vez de:
— É um burro!
Os candidatos à Engenharia no Rio de Janeiro poderiam ser postos a trabalhar no Metrô dia e noite, quem pedisse água seria desclassificado. O Estado acabaria com poucos engenheiros novos — aliás, uma segurança para a população — mas as obras do Metrô progrediriam como nunca. Na direção errada, mas que diabo.
O certo é que do jeito que está não pode continuar. E ainda por cima, há os cursinhos pré-vestibulares. Em São Paulo os cursinhos estão usando helicópteros na guerra pela preferência dos vestibulandos que terão que repetir tudo no ano que vem. Daí para o napalm, o bombardeio estratégico, o desembarque anfíbio e, pior, uma visita do Kissinger para negociar a paz, é um pulo. Em São Paulo há cursinhos tão grandes que o professor, para se comunicar com as filas de trás, tem que usar o correio. Se todos os alunos de cursinhos no centro de São Paulo saíssem para a rua ao mesmo tempo, ia ter gente caindo no mar em Santos. O vestibular virou indústria. E os robôs que saem das usinas pré-vestibulares só tem dois movimentos: marcar cruzinha e rezar.
O filho da nossa nervosa amiga chegou em casa meio pessimista com uma das provas.
— Sei não. Acho que tubulei. O Inglês não estava mole.
— Mas meu filho, hoje não era inglês! Era Física e Matemática!
— Oba! Então acho que fui bem.

Luis Fernando Veríssimo.

sábado, 27 de novembro de 2010

De onde vem a força?

"A força não provém da capacidade física e sim de uma vontade indomável."
Mahatma Gandhi

sábado, 20 de novembro de 2010

PERFEITAMENTE SOZINHO.

Tive um pouco de amor, mas o tornei escasso
Caindo em seus braços e saindo novamente
Criei um nome ruim pro meu jogo na cidade
parti meu coração, e o desliguei
nada para fazer
nenhum lugar para estar
um tipo simples de liberdade
nada pra fazer
ninguém além de mim
e é tudo que preciso
estou perfeitamente sozinho
estou perfeitamente sozinho
estou perfeitamente sozinho
porque não pertenço a ninguém
ninguém pertence a mim
Vejo meus amigos por aí de vez em quando
quando suas senhoras os deixam escapar
e quando eles me perguntam como estou indo com a minha
isto é o que eu sempre digo
nada para fazer
nenhum lugar para estar
um tipo simples de liberdade
nada pra fazer
ninguem para estar
é realmente dificil perceber?
porque estou perfeitamente sozinho
estou perfeitamente sozinho
estou perfeitamente sozinho
estou perfeitamente sozinho
porque nao pertenço a ninguém
ninguém pertence a mim

(John Mayer)


Chega de depender dos outros, de ficar cabisbaixo, de não acreditar em mim mesmo, de me machucar, de achar que não posso. Eu vou fazer tudo que sempre quis fazer. Vou surfar o verão inteiro, andar de Skate e descer umas ladeira. Vou comer até enjoar, rir até não conseguir mais parar, porque eu sou um perfeito solitário e não quero me incomodar. Vou curtir a faculdade, vou passar no vestibular, vou "zuar" com os amigos, vou conquistar meus objetivos pois tenho muito que ensinar, aprender, desfrutar, conciliar.

sábado, 13 de novembro de 2010

Confusão

- Estudou?
- Sim.
- E a aula?
- Estava no mesmo lugar, mas com assuntos diferentes.
- Aprendeu algo?
- Talvez, se vocês não tivessem sumido.
- Sumido, nós?
- Não, não o meu pé. Porém tenho que confessar que fizeram falta.
- Falta, por quê?
- Porque o sono bateu.
- Só por isso?
- É claro que não, a paciência também se esgotou.
- E a culpa agora é nossa?
- E de quem mais poderia ser, pois perdi a concentração também.
- Você nunca se concentrou e agora quer jogar a culpa pra cima da gente. Assim não dá!
- Vão fazer o que? Sumir novamente.
- Já falamos que não sumimos, apenas estávamos descansando enquanto você pensava besteira.
- Pensei besteira por falta de reação de dois energúmenos, os mesmos na qual eu discuto neste exato momento.
- Energúmenos? Você já imaginou o que seria da sua mente sem nós?
- Não.
- Então pense melhor, enquanto isso o Tico e eu vamos descansar mais um pouquinho.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

O que vamos fazer?


"Vamos rir mais"

Pedimos desculpa a você leitor pela falta de atualização do blog, mas retornaremos com força total após o ENEM. Com postagens cheias de informação e diversão para você.